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Kremlin diz que 'vácuo' está surgindo no controle de armas

Jun 30, 2023

MOSCOU (Reuters) - O Kremlin disse nesta segunda-feira que está surgindo um "vácuo" na área de controle de armas como resultado das más relações entre vários Estados e disse que a Rússia não é culpada pela situação.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, estava respondendo a uma pergunta sobre a decisão do presidente russo, Vladimir Putin, de "denunciar" formalmente um tratado de controle de armas que remonta ao fim da Guerra Fria.

"... nesta área de controle de armas, de estabilidade estratégica, um grande vácuo está se desenvolvendo agora, é claro, que idealmente seria preenchido com urgência por novos atos de direito internacional para regular esta situação", disse Peskov em uma coletiva de imprensa regular.

"Isto é do interesse de todo o mundo. Mas para que isso aconteça precisamos de trabalhar as relações bilaterais com todo um conjunto de Estados que neste momento faltam", disse, acrescentando que "não foi nossa culpa".

O Tratado de Forças Convencionais na Europa (CFE) de 1990 impôs limites à implantação de equipamento militar na Europa. A Rússia suspendeu sua participação no tratado em 2007 e "interrompeu completamente" a participação em 2015.

Putin assinou um decreto neste mês denunciando simbolicamente o tratado após um debate e votação no parlamento russo sobre o assunto.

A Rússia suspendeu recentemente uma série de acordos de controle de armas com países ocidentais, incluindo o novo tratado START, que regula a proliferação nuclear, e começou a mover armas nucleares táticas para a vizinha Bielo-Rússia.

As relações entre Moscou e os países ocidentais caíram para o nível mais baixo desde a Guerra Fria, depois que Putin enviou dezenas de milhares de soldados russos à Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, no que ele diz ser uma "operação militar especial" para proteger a própria segurança da Rússia. contra as autoridades pró-ocidentais em Kiev.

A Ucrânia e seus aliados ocidentais dizem que as ações da Rússia constituem uma guerra de agressão não provocada com o objetivo de tomar território.

(Reportagem da Reuters; Edição de Gareth Jones)